domingo, 27 de maio de 2007

Como É que Chama o Nome Disso - Antologia

Não é novidade que o processo de migração entre suportes midiáticos (verbo-visual-sonoro) atravessou séculos de história, em exercícios de contaminações e reciclagens. No contexto da literatura contemporânea, vale observar por onde andam as fraturas da linguagem poética.
Em "Como é que chama o nome disso", Arnaldo Antunes compõe um trânsito interessante que dilui e ao mesmo tempo agrega sintomas ontológicos da escritura (e da leitura), lançando o leitor numa fruição entre olhar, ouvir e estar no mundo.
Fora que é uma delícia mesmoooo passear de mãos dadas com o jeito Antunes de viajar.
"As coisas têm peso, massa, volume, tamanho, tempo, forma, cor, posição, textura, duração, densidade, cheiro, valor, consistência, profundidade, contorno, temperatura, função, aparência, preço, destino, idade, sentido. As coisas não têm paz."

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