quinta-feira, 31 de maio de 2007

atender ou não atender, eis a questão

Todos os meus amigos sabem, eu adoro tecnologias de comunicação. Sou fã do mundo binário desde que ele me foi apresentado. Mas todos eles também sabem que sou uma pessoa rebelde quando a questão é privacidade e liberdade. Portanto, minha relação com os aparelhos portáteis como telefones, ipods, palms é ambígua. Eu gosto de imaginar que eu mando neles, e não o contrário. Acho horroroso isso de ter que estar 24 horas disponível através de um número. Também acho um saco ter que personalizar tudo, numerar músicas, ter 56 avatares diferentes e construir auto-imagens portáteis o tempo todo. E se trancar neste casulo narcísico. Ou num vácuo onipotente como o second life (que seduz muito).
Vamos lá gente! O que tem de errado com a boa e velha vitrola tocando a mesma música pra casa inteira? Porque minha filha de 6 anos tem que ter um desejado mp3 player pra ouvir suas músicas sozinha quando a casa pode compartilhar isso com ela? E os celulares? Você não pode mais se dar ao luxo (e que luxo primário não?) de desligar-se do mundo porque o mundo inteiro te acha em qualquer lugar. Se alguém quer falar com vc, vc não tem o direito de denegar!!! É falta de educação. Desculpe, acho que a menininha que mora em mim faz birra com esse tipo de estatuto contemporâneo do plug and play. No fundo é a mesma Alesi de carne e osso que não gosta muito de dispositivos mágicos - eu sempre achei a disneylância muito chata: prefiro um copo de vinho.
Ps: na contramão disso tudo, confesso que adquiri um blackberry incrível. Se eu estiver na floresta amazônica eu baixo e mando meus emails por um pacote acessível de 80 reais por mês. YES !!! Mas é um viciozinho pequeno. Continuo achando celulares uma antipatia.

Nenhum comentário: