sexta-feira, 25 de março de 2011
De nouveaux
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Reencontro
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Filha longe
terça-feira, 3 de agosto de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Pensando bem ...
Sabedoria
À margem dum soneto / O resto é perfume
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Entre-aspas
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Moi
Filha
Notação
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Musoléu
Praia
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
2010
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Mais flores
"Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim..."
Cecília Meireles
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Objeto
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Chuva no calor
Encontro
domingo, 8 de novembro de 2009
Pontuando
segunda-feira, 22 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Existir
O corpo é exato, tem espessura, mas não limite. Espalha-se às vezes em ruído e ternura, encolhe-se muito quando há dor. Acasos de amor no veludo da pele. O corpo tem superfície expansiva, o da mulher muito mais: barco de gozo, canção de Jade ... lá onde o imperativo da carne afoga-se no signo da anterioridade, o singular e o nosso abrem canto em suas grades.
Maior
Os quadris largearam,
líquidos, enormes,
cobrindo o chão para que
ninguém mais pise.
A pele, clara, ríspida,
de linhagem infantil,
sombreou embaixo da vista,
para entender o sufoco
que ainda carrega no peito.
As costas endureceram
mais 5 anos e recusaram
sua natureza de curva.
Envelheço.
O corpo resiste, insiste, revela.
Unge no mundo
o parto da linguagem.
Eros-dito
Um dia a borra inócua
tornar-se-há um ponto antídoto.
Contra, inter, in, venções
para este sentido barroco, perdido.
Meu texto ordinário,
engolido na articulação do romance,
insurgirar-se-há então a conteste,
riste em punho, benesse,
no sagrado bem-dito que
sobre mim, não por acaso,
acontece.
Inverso proporcional
Foi num dia escuro
que resvalei o segredo:
voar, mais que meu dom
é minha âncora.
terça-feira, 19 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
Letra Negra
escurecendo o corpo
no Tempo.
Carne negra, suores,
o acontecer pródigo da matéria.
Lepra-letra-negra
Minha garganta laboriosa é
claustro de gozo.
Por Isso te digo:
É no inexorável que sou.
Para que no sublime sortilégio da voz,
o fervor conheça quentura.
Berço bendito da poeta
Lepra-letra-negra
Essa sua cor é azul.
(para Lu)
Lambe-Lambe
que é espesso e antigo.
Limbo lambe-lambe
nas paredes do corpo
desabitado.
Tantas palavras para o Nada.
Para este lugar limbo-nada
que atravessa inaudito
os minutos desavisados
Posso dizer do limbo,
que é obediente e perpétuo.
Limbo lambe-lambe
nas paredes do corpo
amado.
O Nada ladra em mim
voluptuosamente
dia e noite
exigindo palavras:
humildade, coragem,
amor.
A vida como ela é
num chão de madeira.
Lareira acesa em sopro de deuses,
na espera surda d'uns amantes.
Que podem ser de qualquer
tipo, crê ?
Nome próprio
Meu pai me queria Renata, e foi o único desejo de nome que ouvi dele, cisma de liberdade - desde que corintiana. Meu avô me queria Marília, mas tinha que ter Gabriela, rima de inteligência. Esses nomes todos, gosto de descascá-los feito criança interpelando a fruta: de Renata, nata, que está no leite - quentura, manhã e silêncio. De Marília, mar e ilha, - vastidão e limite, solilóquio poético para existir. E Gabriela, porcelana, nunca-vou-casar, morreu. Mais forte foi minha mãe, que numa lírica de muitos anos, escorregou seu nome dentro do meu, marcando na raiz as asas que não tenho.
Jazz
Dentro é assim
Corpo
La bruja
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Exercício de lembrar
21
Manga Rosa
Infância
8 anos
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Feito eu
pro meu quarto, pra minha cama,
meu cachorro que me dê uma lambida.
Vida.
Quero voltar pro ócio
sem sócio, negócio,
desligue o holofote
porque eu já errei o passo,
desligue, desligue."
Elisa Nazarian
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Pípi Meialonga
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Travessia
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Ensaio sobre a cegueira, o filme
quarta-feira, 9 de abril de 2008
dois mil e oito ...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Mulher Maravilha
Entre a pasmaceira fútil da Barbie e as incríveis aventuras ao lado de amigos super heróis ah! ficamos com ela.
Ps: Mulher Maravilha, 3ª Temporada Completa, 8 DVDs - taí um presente de Papai Noel que muitas balzaquianas curtirão.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Um grou canta na sombra. Sua cria responde (I Ching)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Prelúdios intensos para os desmemoriados do amor - Hilda Hilst
Te ordenas. E eu deliquescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada
Ilharga
Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar
Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo
Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Uma pequena estrela nas estantes
Alice
Vão em fantasia perseguindo
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Babel
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
andei a ouvir ...
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Certinências
Semântica
E qdo perco a chave?
Aumento o vocabulário.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
e o vento levou
A vida Clara da maternidade
As aventuras de Azur e Asmar
A rampa - Serge Daney - cahiers du cinéma 1970-1982
A rampa: temos aqui o pensamento enviezado (e atávico) de Serge Daney, numa propulsão magnífica tela adentro. Juntando seus melhores textos sobre cinema publicados nos famosos Cahiers du Cinéma, ajustados num período específico (1970-1982) e pensados sobre o tapete do estruturalismo francês.
"Assim herdávamos a aporia que vem daí. Porque aquilo que permite a esse olhar dirigir-se - a tela - torna-se objeto impossível. Ao mesmo tempo, esconderijo e janela, abertura e hímen. Invisível, torna visível; visto, torna invisível."
Está a venda na 2001 mais próxima de você. Para os cinéfilos, os críticos e um mais ainda da coletividade.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Gotan Project - Lunático
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Codinomes
http://www.youtube.com/watch?v=3jey-OmaKUM
** Meninas, a Vanessa Mae deixa a Vanessa Hudgens (HSM) no chinelo em todos os quesitos necessários a um bom ídolo: linda, talentosa e carismática !!! Quando eu crescer eu quero ser ela :)
Grupo Galpão ..
Lindo, lindo, lindo, lindo, lindo. Se eu fizesse teatro, eu queria fazer o que eles fazem. Lúdico, itinerante, poético ... os mineiros cavam na própria terra um jeito muito deles de fazer arte. Neste cd, duas peças. Em Romeu e Julieta, o grupo editou as músicas mais bacanas das nossas serestras antigas, adaptando-as ao texto de Shakespeare. Delicado e surpreendentemente brasileiro. Em A Rua da Amargura, um olho no aspecto mambembe das procissões católicas, adaptado na paixão de cristo mais genuína da nossa terra.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
O que você escutou aí dentro?
http://www.youtube.com/watch?v=RtZCVCw337U
Música signo do pai: Chopin - Fantasie Impromptu
http://www.youtube.com/watch?v=f9wYk0bQJbo
Música signo da filha: Corpse Bride
http://www.youtube.com/watch?v=s7A7ZFf9zjs
Glenn Gould
A Barriga do Arquiteto: Meta Greenaway
O personagem começa engolido no seu sintoma: obcecado por sua própria barriga, a narrativa vai se produzindo durante os nove meses de gestação – da exposição, do filho e da doença. É assim que o filme apropria-se da idéia de tempo para amparar todo seu desenrolar conceitual. Dividindo-se em 7 etapas, o roteiro inscreve na película a própria história da arquitetura visionária de Roma – sujeito protagonista parindo novas estéticas, incluso o filme, portanto, meta-arte, num paralelo claro entre cinema e arquitetura. Gosto de pensar também na estrutura-metrônomo desse filme, em três paradigmas: A imortalidade, o estado voyeur a que o ser humano é submetido na fração de vida que lhe é concedida e em como a escolha da neurose configura sua condição de signo.
"A imortalidade é possível graças à arte e as criações humanas?" Esta parece ser a pergunta que o cineasta elegeu. Portanto, a questão da imortalidade trabalha no câncer de intestino desse personagem. E também em toda a cadeia significante que pode ser construída ao longo do filme.
Primeiro, os desenhos de Boulée são significantes claros das formas arredondadas da mulher. São úteros, muitas vezes gravídeos, que aparecem nas imagens de seus desenhos. Em muitas cenas do filme as formas arquitetônicas arredondadas dos monumentos de Roma são retomadas em simetria com os seus desenhos. Há também convites claros para significados óbvios: torres, pirâmides e outros símbolos fálicos atravessando em pano de fundo. O filme começa, aliás, dentro de um típico símbolo fálico: um trem. Um trem adentrando Roma. Dentro da cabine, o casal protagonista está transando e uma imensa janela de vidro tem as cortinas abertas (referência à pulsão escópica de novo). Esta é a primeira cena do filme. É a cena geradora. Aliás é a cena em que eles geram o filho.
Num registro intencional do desenvolvimento de sua obsessão, passa a relatar, a inscrever (não é esse o desejo do artista?) no corpo da história (representada por Boulée) sua própria história. Este contato paranóico delirante (cartas a um ídolo morto) aplaca sua angústia de mortalidade. Tudo no filme acontece em espaços amplos, abertos, numa contraposição interessante com o espaço comprimido da barriga. Condenados na dialética. Temos um homem aprisionado no próprio narcisismo e na própria impotência – qual maior castração humana senão a morte? Nada para este personagem é cognoscível. Nada resta. Para não perder o filho/inscrição que cresce no ventre da mulher é que ele decide pelo suicídio. Garante sua continuidade metafísica na sucessão espiritual – e natural - do filho que chega. Que nasce no momento de inauguração da exposição. Signo dado a ver. Ele, sombra desnorteada que perambulou sendo destituído de recursos a história inteira, constrói a sua do alto do parapeito de um monumento. Retira do paletó objetos pessoais e deposita-os no muro a sua frente. É assim que ele circunscreve-se na imortalidade da construção arquitetônica: tornando-se uma. Seu happening: da própria barriga para o mundo, eis a cena dupla desse momento! Seu movimento psíquico é o mesmo. Incapacidade metafórica pura, este homem precisa reter seus símbolos no corpo físico. Inverte isso na cena final: momento em que ele - mais uma vez numa elucidação escópica - se coloca acima a olhar para baixo, lançando-se para trás (ou pra frente?) num suicídio reparador.
Memórias Inventadas - A infância, por Manoel de Barros
Saudades do meu avô.
Solas de Vento
terça-feira, 6 de novembro de 2007
To Christ it
Ao lado, uma polaroid de uma série que fiz com um amigo em 1998, de barracas de camelô espalhadas no centro da cidade de São Paulo. As barracas são embrulhadas em lona azul diariamente para que fiquem protegidas durante a noite. A série elabora um enunciado significante (a barraca azul como obra) que dialoga com o manifesto artístico de Christo, numa brincadeira poética. A periferia do discurso visual não remete a nada, é horizontal. Mas é no ruído gerado pelas imagens e na livre associação que a gramática de um sentido é adquirida.
** Em Paris, virada de 1999/2000, Christo fez embrulhos lilases, transparentes, nas árvores ao longo da av Champs Élysées ... andávamos e imagens de filmes eram projetadas nessas árvores, entidades a devir. E deslizávamos como dentro de um cristal. Deslumbrante. Interessante: um dia antes do Reveillon do século, um tufão devastou boa parte de Paris. E os véus lilases de Christo acabaram sudários no chão. A natureza também faz narrativas!