quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Memórias Inventadas - A infância, por Manoel de Barros

" (...) Nunca escondi aquele meu delírio erótico. Nunca escondi de meus pais aquele gosto supremo de ver. Dava a impressão que havia uma troca voraz entre a lesma e a pedra. Confesso, aliás, que eu gostava muito, a esse tempo, de todos os seres que andavam a esfregar as barrigas no chão. Lagartixas fossem muito principais do que as lesmas nesse ponto. Eram esses pequenos seres que viviam ao gosto do chão que me davam fascínio. Eu não via nenhum espetáculo mais edificante do que pertencer ao chão. Para mim esses pequenos seres tinham o privilégio de ouvir as fontes da Terra." (Iluminura número 5)

Saudades do meu avô.

2 comentários:

Gabi disse...

Olá
Por favor me manda alguma trecho legL DE MANOEL DE BARROS SOBRE A INFÂNCIA.
gRATA
SSA.GABRIELA@GMAIL.COM

Anônimo disse...

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