Essa dor é permanência
escurecendo o corpo
no Tempo.
Carne negra, suores,
o acontecer pródigo da matéria.
Lepra-letra-negra
Minha garganta laboriosa é
claustro de gozo.
Por Isso te digo:
É no inexorável que sou.
Para que no sublime sortilégio da voz,
o fervor conheça quentura.
Berço bendito da poeta
Lepra-letra-negra
Essa sua cor é azul.
(para Lu)
Nenhum comentário:
Postar um comentário