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Linda cenografia, lindos vestidos, linda interpretação da Débora Fallabela. E só! Ok, o Gianekini tá ótimo com aquele sotaque paulistano e melhor ainda quando pronuncia palavras caras `a sua ave noturna. Com um marido desses eu esperava um primo melhor. Mas temos ainda o pior: a publicidade do filme teve a coragem de lançar mão da dramaticidade de um Nelson Rodrigues para adjetivar o cotidiano pequeno burguês do casal protagonista, o que é uma infâmia: poucas vezes assisti a um filme tão moralista! E, ao contrário do que pensam as feministas, nunca houve um escritor tão femininamente despudorado, graças a Deus, obrigada. Aliás donde veio a brilhante idéia de achar que um autor tange o outro? (da WBrasil alôalô?)
De fato: o filme que não disse a que veio. Remedou o livro sem assumir riscos. Eu disse riscos, não risos. Dobrou, passou e colocou no fundo do armário a complexidade de cada um dos personagens, esvaziando todos numa troca de posições formais, e ponto. Uma penaaaa. O Primo Basílio do meu imaginário adolescente tinha toda a força do realismo português e... ah, a Marília Pêra estupenda como Juliana.
Menos coreografia do amor ... e mais densidade. Inclusive nas cenas eróticas.
Mas vá ver esperando isso: cartilha, pequeno dicionário amoroso, novela ... qualquer coisa assim. Se vc for a tarde pode valer pelos comentários das velhinhas que me fizeram companhia no cinema: ai, nossa, como ela é burrinha ... onde já se viu esquecer a calcinha que usou com o amante atrás do sofá, minha nossa !!!! Ufa, pode ser bom pra memória! As senhoras agradecem.
4 comentários:
Tinha pensado em ir assistir, mas sua crítica veio em boa hora! Vc já pensou em ser uma profissional da área (crítica)? Caramba, mulher, vc arrasouuuu!!!!
Vou virar uma frequentadora assídua daqui!
beijo grande!
quem quem quem ???
Tatu, vou assistir e comprovar que não só nossa infância da Josefina Ariza esvaiu-se .... será que é isso que acontece quando se tem uma coisa boa, densa e deliciosa por perto ?
Socorro !
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